Pacientes que precisam do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) têm passado por atrasos e até ficado sem atendimento em Petrolina, Sertão pernambucano. As ambulâncias ficam impossibilitadas de atender a população por falta de macas. A mais recente vítima foi um idoso que morreu sem atendimento.
De acordo com testemunhas, a vítima trabalhava na feira livre do bairro Areia Branca, na Zona Leste da cidade. Ele passou mal e o Samu foi acionado. No entanto, na ausência de uma ambulância, o feirante foi levado, por populares, em uma carroça de mão até a unidade de saúde do bairro. O caso aconteceu na terça-feira (23).
Na AME, o idoso foi atendido pelo médico Pérsio Antunes, que também afirmou que o Samu foi chamado. "Passou-se 45 minutos, nós tentamos reanimar esse paciente, e o Samu não apareceu. O que faltou foi um atendimento de saúde para que pudesse dar o suporte que esse paciente precisava", afirma.
De acordo com coordenador do Samu, Tiago Acioli, as macas ficam retidas no hospital, o que impossibilita o atendimento aos chamados. "A nossa maca fica junto com o paciente que servindo de leito até a sua estabilização", descreve o coordenador do serviço.
Já o Hospital Universitário alega que o Samu leva pacientes que não deveriam ser atendidos pela unidade, o que provoca a superlotação. "Esses outros pacientes de acidente de moto, mais graves, ficam presos nas macas porque os nossos leitos estão ocupados com pacientes que deveria estar em outros serviços", justifica a diretora administrativa HU, Milani Lima.
A diretora administrativa diz ainda que as macas estão disponíveis para a retirada. "As macas estão aqui disponíveis para a hora que o serviço quiser pegá-las", garante Milani.